terça-feira, 24 de dezembro de 2013

E que venha..... 2014

Amorassss.... então é Natal!!! Já?? Simmmm!
Não sei como é com vocês, mas eu normalmente vou sendo contagiada aos poucos pelo espírito natalino.


Quero desejar a todas um FELIZ NATAL! Que o verdadeiro significado do Natal não seja esquecido, é o nascimento de Cristo!
Que Ele abençoe a vida de cada uma, de suas famílias.... que seus sonhos, metas, objetivos que não foram alcançados nesse ano que está acabando sejam todos alcançados e renovados neste ano que se iniciará.
Que a esperança nunca se acabe. Se não deu tudo certo agora ainda há tempo para dar!


2014 está ai.... já colocou seus planos, objetivos no papel??? Então coloque e trace suas estratégias para alcançá-los! 
É hora de renovar a esperança e acreditar em um novo começo. Afinal podemos fazer um novo começo, nada melhor que em um novo ano que se inicia. 

Feliz Natal!
Feliz Navidad!
Merry Christmas!

Feliz Ano Novo!
Feliz Año Nuevo!
Happy New Year!

E que venha.....



sábado, 23 de novembro de 2013

Símbolo

Amorasss.... agora o blog terá um símbolo! É com esse ícone que será reconhecido por ai.
E ai, ficou lindo né.... eu adoreiii!
Deem uma olhadaaa!
 
 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Filhos


Oi amorasss..... como estamos? Por aqui tudo ótimo. Bom, hoje vou relatar o que vivi nesse feriadão hehehehe
Houve um almoço em família e o que não se pode faltar nesses almoços: perguntas e afirmações inconvenientes!
É incrível como hoje ainda muitas pessoas veem a obrigatoriedade de: namorar, noivar, casar, ter filhos.... o que aconteceu foi o seguinte: primeiro que da minha família somente meus pais e irmãos (tenho dois, um irmão e irmã mais velhos que eu), sabem da minha condição, o restante não diz respeito sobre o assunto, ao menos eu acho. Não vejo necessidade de, por agora, relatar a primos, tios.... sobre o caso. E do nada o assunto FILHOS surgiu. Primeiro pois uma prima minha, que estava lá, engravidou e casou as pressas, a outra engravidou solteira.... e minha irmã já vai fazer 3 anos de casada e ainda não quis ter filhos. Meu tio já vira e fala: MAS PORQUE AINDA NÃO TEVE FILHOS? ELA TEM PROBLEMA EM ENGRAVIDAR? Aiiiii que chatooooooo....  minha irmã não estava no almoço, havia viajado. (e ela não tem problemas em engravidar, somente esta curtindo o casamento)
Aiiiiiiiiiiiii me vem a pergunta, o mesmo tio vira pra mim e pergunta: quantos filhos você quer ter? E eu, como no momento nao estou casada, apenas namorando e nemmmm cogitei filhos ainda na vida respondi: nenhum! Pra que.... COMO ASSIM NENHUM????
Nenhum de nenhum uai hehehehehe sei que ele achou o cúmulo do absurdo a minha resposta. No meio do "papo em família" eu quase falei: aff que papo chato. Nenhum porque não posso ter filhos, qual o problema? Se eu quiser ter, futuramente, adoto ou vejo a possibilidade de útero de substituição. Assunto encerrado.
Masssss não foi bem assim.... ai o assunto tomou outros rumos e surgiram novos assuntos.
A questão é que sempre poderemos nos deparar com tais questionamentos. E é chato pra caramba.
Mas cabeça erguida e o resto que se f.... hehehehe
Ta bom, sem exageros. Mas vida que segue. Estou bem, feliz, nem sei quando vou casar e filhos.... nisso eu pensarei daqui alguns anos.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O que você vê na sua mente é o que vai ter na mão


Oi amoras poderosas!!!
Quanto tempo não fazia uma postagem..... mas a correria da vida as vezes não nos permite tudo que gostaríamos ao mesmo tempo, mas farei o possível para manter o blog atualizado.
Fico feliz desse cantinho ser conhecimento de diversas meninas espalhadas por ai. É gratificante!
Frase reflexão do dia: "O que você vê na sua mente é o que vai ter na mão."
Essa frase cai bem naquele assunto da lei da atração. Você atrai o que pensa, atrai o que transmite.
Interessante né??
Pois bem, tenha pensamento super positivos em mente.
Hoje, no momento, pois tenho meus momentos de altos e baixos relacionado a síndrome, me sinto bem resolvida nessa questão. Antes o maior dilema era relacionamento. Eu não me relacionava com ninguém. Não criava vínculos. Nem com homens e nem amizades. Amigos de longa data são poucos que tenho. Conhecidos são vários. Mas os que posso dizer que mantenho contato, tenho notícias, conto nos dedos e sobra ainda....
Mas relacionado a namoro eu nunca cogitei tal idéia. Se surgia oportunidade, cara legal, fugia. Não fazia nem questão de contato algum depois. É.... eu era assim. Até que resolvi fazer terapia, essa que me ajudou bastante, inclusive já até recebi alta, ebaaaa! Pois então, foi com a terapia que fui aprendendo a desenvolver algumas habilidades. Uma delas é permitir criar vínculos com um outro ser.
Tentei. E deu certo. Deu porque eu quis tentar e por sorte a pessoa que eu escolhi para tentar também quis. Falo isso porque de nada adianta eu querer e o outro não, pois como diz o velho ditado: quando um não quer dois não briga. E é verdade.
Eu me permiti viver tal experiência. A de namorar. E deu certo. Estou namorando até hoje.
Consegui dar esse passo pois quis me dar essa chance. Por diversas vezes pensei que ninguém iria me querer, que eu não iria querer ninguém, que abrir ao outro esse assunto... nunca na minha vida! Mero engano meu.
O que eu quero dizer é que sim, você pode se dar tal oportunidade. Porque não???
E se não faz terapia, nunca fez e acha que pode ajudar, faça! Não exite em tal possibilidade.
Ajuda bastante.
Se não procurou ajuda ainda, procure. Sei que médicos especialistas são poucos, mas existem sim médicos que possa te ajudar. Se não tem conhecimento de um próximo a você, entre em contato. Poderemos te ajudar a encontrar um profissional.
E acima de tudo se ame! Amor próprio.
Você é linda sim, tal qual aquela mulher que você acha perfeita, você também é!
Não deixe que a síndrome permita que você bloqueie viver certos momentos na vida. A síndrome é um detalhe.

"O valor que cada uma de nós temos é indiscutivelmente maior do que a síndrome que portamos." (R. A.)

Pense nisso!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Generosidade sem tamanho




Hoje o programa Mais Você, apresentado pela Ana Maria Braga, apresentou algumas reportagens sobre o útero de substituição, mais conhecida por ai como barriga de aluguel. A novela atual "Amor à Vida" apresenta uma história de barriga de aluguel, o que não é permitido no Brasil.

O programa também apresentou uma história de generosidade sem tamanho, onde uma irmã emprestou seu útero a outra, que é portadora da Síndrome de Rokitansky, para que ela pudesse ter seus filhos!
 
Foi mostrado também uma história de aluguel de barriga, assim como um advogado falou sobre as leis, as permissões e punições.
 
Segue os links das reportagens:
 
 
Há 23 anos o tema foi abordado também em outra novela, chamada "Barriga de Aluguel": http://globotv.globo.com/rede-globo/mais-voce/v/ana-maria-relembra-a-novela-barriga-de-aluguel-de-gloria-perez/2709650/
 
 
 
 
 
 
Se informe e se emocione com essa história!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dois anos


Depois de uns tempos sem postar.... volto com algo muito significativo à mim. No dia 20 de julho de 2013 completou 2 anos que passei pelo processo de neovaginoplastia. Hoje garanto a todas que eu não me arrependo de ter feito a cirurgia e se fosse preciso faria de novo. E parabenizo e admiro também a todas que passam pelo processo de dilatação.  
Se eu soubesse desde o início que havia cirurgia para casos de Rokitansky eu não teria esperado uns 7, 8 anos para fazer. Mas é vivendo e aprendendo.
A vida continua a mesma, mas nosso olhar diante da vida, ao menos o meu, se transformou. Após a cirurgia sai dali como se fosse uma outra pessoa, uma outra mulher mesmo. Mais completa. Mais feliz comigo mesma nesse sentido. Mais segura.
E foi dai que a questão de relacionamento começou a acontecer.... demorou um pouco, mas eu estava mais aberta e disposta a tentar.
Bom.... o que tenho a dizer é que: busque ajuda o quanto antes!
E conte conosco sempre!


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Afinal, e a vagina?

 
Você acha que a dor na relação, dificuldade na penetração.... acontece só com a gente?
Leia esse texto, que foi publicado na Revista Impulso, e descubra que não, isso tudo pode ocorrer com qualquer outra mulher e o nosso psicológico influencia muito na hora da relação.
 

sábado, 4 de maio de 2013

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é


Quando nos permitimos a nos relacionar com alguém, um namoro no caso ou até mesmo amizades, criar vínculos..... podemos descobrir que a nossa dor é a nossa dor e que o outro também tem as suas. E as vezes é complicado aceitar isso.
Claro que a minha dor, que eu sinto em relação a síndrome, é inexplicável e imensurável. E o outro pode sim compreender.... o que quero dizer é que por mais que para nós esteja ruim para o outro também pode estar, mas por outros motivos.... motivos pessoais dele.
Nós temos que nos dar a oportunidade. Se não fosse a terapia com certeza hoje eu estaria solteira ainda, com medo de me relacionar, arredia a criar vínculos por puro medo da rejeição. Medo esse que o outro também pode ter, só que por outros motivos....
Em um relacionamento você aprende que a comunicação é importante, o apoio, compreensão, companheirismo, amizade, cumplicidade. Se você tem medo de se relacionar você perde tudo isso por não se permitir a ter vivências com um outro ao seu lado, com um parceiro.
A vida só acontece se nós nos permitirmos! É aquela coisa: nossa vida é reflexo das nossas escolhas.
O que você anda escolhendo para sua vida? Será que realmente você não é merecedora de viver um amor?
Sei de histórias de relacionamentos de meninas portadoras que namoraram, não deu certo com uma pessoa, por outros motivos, não motivos relacionados a síndrome, e depois se permitiram a se relacionar com outra pessoa novamente.... e deu certo.... e por aí vai. Estamos sujeitos a isso: a dar ou não certo com alguém, se não deu que mais à frente se você se sentir preparada e quiser se relacionar de novo se permita.
A maior dificuldade de uma portadora é se sentir capaz. Umas optam em focar na carreira profissional, outra se relaciona mas não vive muitas coisas por se sentir incapaz, outra faz tudo mas não se relaciona.....
Eu por muito tempo me esquivei de qualquer tipo de relacionamento. Hoje ja enxergo com outros olhos.
Se permitir é difícil.... mas não impossível.
Acredite em você!
Nem tudo que formos tentar será um sucesso imediato, tem coisas que dão certo, outras não.... mas é aí que devemos partir para um outro tipo de estratégia para atingir o que se deseja.
Não fique parada no tempo! Nem permita que o tempo faça isso com você.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A descoberta da escrita

 
E eis que minha escrita está sendo descoberta por pessoas próximas a mim. No facebook surgiu uma página chamada "Web e Cuidado em Saúde" e solicitei e permiti que eles divulgassem o blog. Quando curtimos algo no face aparece para todos os nossos amigos, e comigo não foi diferente. Face fofoqueiro! hehehehehehe
Eis que o meu namorado viu a minha curtida e curtiu também e claro.... entrou no blog. Cogitei muito a possibilidade em mentir que não, essa pessoa ai, com o mesmo nome que o meu, não sou eu.... é só uma xará. Mas fui surpreendida com um comentário feito por ele: eu me vi em algumas postagens. Não iria adiantar nada eu negar hehehehehe
Não seria negar por vergonha, mas porque pra mim ainda não era o momento de expor o meu blog a ele ou qualquer outra pessoa próxima a mim. Vi que minha irmã curtiu também.... ninguém nunca imaginava que eu escrevia sobre minhas experiências com a síndrome.
Eu não tenho vergonha em escrever nem que saibam que eu escrevo e que sou portadora da Síndrome de Rokitansky. Mas é que tudo tem seu momento. E acho que o momento está chegando aos poucos....
Mas foi bom saber que pessoas próximas a mim gostaram muito do que escrevo no blog!
E o que digo à vocês é: NUNCA TENHA VERGONHA DE SER QUEM VOCÊ É!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Prazer


Quando eu postei sobre o assunto A primeira vez eu não estava tão a vontade nas relações que estava tendo. Descobri que a medida que a intimidade do casal vai crescendo a relação vai melhorando cada vez mais. A sintonia vai ficando maior. 
O que quero dizer à vocês portadoras é que: sim, nós (ao menos eu hehehehehehe) sentimos prazer como qualquer outra mulher. E pasmem: depois do último post sobre o molde, onde relatei dores na relação, descobri que sim, posso ter relação sem dor! E foi e é magnífico!
Como me disseram: temos de ir devagarzinho, namorar bastante antes, ir com cuidado, que daí não dói. Se for de uma vez sinto dor sim, mas se ir aos poucos, com delicadeza, devagar.... tudo se ajeita. E como se ajeita hahahahahahaha
Não tenham medo de ter relação sexual, procure seu tratamento, seja pelo método de dilatação ou pela cirurgia. Você quer ter uma relação sexual ativa? Sentir prazer? Procure tratamento o quanto antes, converse com seu parceiro e seja felizzz!
Creio eu que comigo agora molde nunca mais, uhuulll!
Você merece dar e receber prazer. Você merece ser feliz. Você merece ser uma mulher realizada!



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Molde


O molde é o nosso parceiro praticamente diariamente e creio eu que pelo resto da vida! Sabe, eu fico triste as vezes por perceber que serei dependente dele o resto da minha vida.... não consigo entender o porque disso. Não consigo enxergá-lo como aliado, nem como inimigo.... mas não consigo aceitá-lo como uma maneira de melhorar minha relação sexual.
Sabe, é triste, é o que eu sinto, ter de lutar diariamente, seja por centímetros por centímetros ou manter o canal adquirido, seja pela cirurgia ou pela dilatação, por uma coisa que é tão comum a tantas mulheres, através do molde.
Eu não entendo porque ter de me submeter a isso sempre.... eu fugi do método dilatação pois o molde é essencial e é com ele que vai adquirindo um canal para se ter relação sexual e isso para mim era e ainda é muito doloroso, além da dor física se tem a psicológica. 
Fiz a cirurgia crendo que depois de um tempo especificado de dilatação, que mesmo depois da cirurgia tive de me submeter, chegaria um dia em que eu não precisaria mais dele.... que somente a relação era suficiente e dores eu nem as sentiria mais.... engano.
Hoje eu não me arrependo em ter passado pela cirurgia, mas percebo o quão ingênua eu fui. O quão ingênua eu continuo sendo em relação ao molde.
Eu não consigo aceitá-lo! Não é por ter que me submeter a masturbação e acho isso um pecado.... é por ser dependente, é por precisar de algo que não faz parte do meu corpo para ter algo que ja deveria fazer parte do meu corpo, que teoricamente todas as mulheres existentes na face da terra tem e eu tive que submeter a métodos para ter também (o canal vaginal). Isso me dói, me dói muito!
Me dói pensar que para não sentir tanta dor eu tenha de me submeter mais e mais ao molde, eu tenha que ser dependente dele cada vez mais.... ouvir e ler relatos de meninas que passaram pela cirurgia, tem namorado e mesmo assim ainda ter de colocar o molde para a relação não ser tão dolorosa. 
Eu não consigo entender o porque disso e não sei se um dia eu irei aceitar.
Eu simplesmente pensei que depois da cirurgia e do método da dilatação por um período eu não precisaria mais dele.... seja pra dilatar, ter menos dores.... seja pra qualquer coisa.
Mas eis que agora, escrevendo esse post me surgiu uma luz no fim do túnel: no grupo lancei a pergunta se as meninas que fizeram a cirurgia pelo mesmo método que eu fiz (membrana amniótica) sentem dores e ainda usam molde, o relato foi que sim, sente dor no comecinho mas.... não usa o molde mais!
Bom, mas agora não sei se isso é de pessoa pra pessoa ou geralzão mesmo, espero que seja geral.
Alegria batendo agora no coração!

Mas vamos dar tempo ao tempo.... e olha, eu admiro muito as meninas guerreiras que obtiveram seu canal vaginal lindo e maravilhoso pelo método de dilatação, parabéns a você GUERREIRA!

terça-feira, 19 de março de 2013

VAI. E SE DER MEDO, VAI COM MEDO MESMO.


Essa frase tem muito a refletir. Nesse post não irei expor nada do que eu penso.
Quero que você reflita com o vídeo o que você vive na sua vida e a partir disso o que pode ser mudado.




VAI. E SE DER MEDO, VAI COM MEDO MESMO.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

DIA 28 DE FEVEREIRO É UM DIA RARO!


Data: 28 de fevereiro de 2013
Local: Auditório Campus Memorial
Endereço: UNINOVE CAMPUS MEMORIAL
Av. Dr. Adolfo Pinto, 109
Melhor acesso: Av. Francisco Matarazzo, 364 - prédio C - Barra Funda - São Paulo
Horário: 13h às 19h
Entrada gratuita.
Informações: instituto.baresi@gmail.com (11) 98129-9001 ou Marcelo ou Stella - (11) 3886-6614 - stellinhasousa@gmail.com

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Raras sem Fronteiras!


Dia 28 de fevereiro de 2013 acontecerá um grande evento em São Paulo para as pessoas Raras do Brasil: Raras Sem Fronteiras! 
Quem tiver a oportunidade de ir ao evento e conhecer a proposta do SUS para as pessoas com doenças raras vá lá prestigiar.
Terá a presença do GT do Ministério da Saúde que organizou os documentos norteadores para a política nacional de doenças raras durante o ano de 2012.
Associações, especialistas, pessoas com doenças raras e gestores estão todos convidados!
Divulgue!

Tem uma página super bacana no facebook voltado a esses raros do Brasil. Só clicar aqui!



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A primeira vez


Muitas meninas questionam como será a primeira vez pós cirurgia. Tem um ano e sete meses que realizei a neovaginoplastia. Quando passei pelo procedimento demorou muito para que acontecesse a primeira vez. Não foi medo por de como será que vai ser agora, mas a pessoa especial demorou a aparecer.... e a primeira vez não dá pra ser com qualquer um. 
Dia 20 de julho de 2011 passei pelo processo da cirurgia. Ao sair do hospital, depois de uma semana em repouso absoluto, tomando banho no leito, foi um momento mágico. Agora sim eu estava me sentindo mais completa, podemos dizer. O que antes era impedimento de ter relação sexual normal não o era mais, agora sim eu poderia ter e sem ter que ficar inventando desculpas sobre porque a penetração é difícil de acontecer (já que eu tinha apenas 2cm), ficar correndo disso, adiando.... 
Depois da cirurgia passei pelo mesmo método da dilatação. Para manter o canal e aumentá-lo também. Sem a dilatação a cirurgia pode ficar perdida. Ao sair daquele hospital eu já me sentia outra mulher! Fui ao shopping, estourei o cartão de crédito rsrsrsrs aproveitei o máximo ali.
Eu já citei em posts anteriores que depois da cirurgia as portas se fecharam. Antes era fácil eu encontrar alguém pra ficar, depois foi complicado.... quem passa pelo processo cirúrgico pode saber de uma coisa: tudo realmente tem a hora certa de acontecer. Não adianta ficar ansiosa para primeira vez chegar logo. Primeiro que temos de estar preparada, tem que ser uma pessoa legal pra você, que você tenha confiança. Você tem de estar segura consigo mesma! Se eu fosse tentar ter relação de imediato, creio que não seria muito bom, por medo de dor, de ainda nem poder contar pra pessoa da minha real situação e ele for de qualquer jeito. Realmente não dá! 
Mas a primeira relação sexual enfim chegou! Foi ótimo perceber que ele não percebeu nada, ou seja, meu canal estava perfeito! A relação foi ótima. Me senti a pessoa mais normal do mundo. Claro que dores eu ainda as tive, e de vez em quando ainda as tenho, não tive muitas relações ainda, mas creio que com o tempo vai passando. E quanto mais relaxada e tranquila melhor é!
Depois da cirurgia a relação sexual em si foi, creio eu, como a de qualquer mulher normal com seu canal vaginal e seus úteros. O prazer também é normal. Afinal de contas, nós somos normais sim!
A cirurgia me deu mais confiança em mim mesma. Agora o único "probleminha" é não poder ter filhos, mas o que pode ser considerado para algumas pessoas como primordial estava ali, normal, lindo, maravilhoso, novinho em folha! hehehehehehe (mas o sexo em si não é só penetração!)
Quem passar pelo processo da cirurgia pode ter certeza que a relação sexual, o prazer, será normal. Eu particularmente quando fiz me senti mais mulher, mais confiante em mim mesma, sem vergonha de mim, sem medo de ser feliz!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

EU SOBREVIVI!


Hoje fui a uma nutricionista e qual é minha surpresa: o consultório se localizava no mesmo local onde há 10 anos eu fui a ginecologista e recebi o diagnóstico de agenesia uterina. De imediato não tive reação alguma em relação a isso, mas no momento em que eu me sentei para esperar ser atendida, comecei a relembrar daqueles dias.... afinal o consultório da ginecologista, que ainda se encontra lá e ela ainda atende, estava lá no mesmo lugar, do meu lado praticamente, com a mesma plaquinha na porta e quiçá a mesma secretária. E foi aí que me emocionei, lembrando daqueles dias.... de angústia, medo, receio.... e lembrando da inexperiência, da médica mesmo em me falar o diagnóstico, da falta de informação, da solidão, culpa, a busca por respostas.... e depois de 10 anos me encontro aqui: EU SOBREVIVI!
Sim, eu sobrevivi a falta de informação, ao medo da não aceitação, rejeição, as vezes até por mim mesma em relação ao meu corpo. E sim, eu tive e ainda tenho uma vida normal. Como qualquer outra mulher. Fiz a neovaginoplastia, tenho minha vida sexual normal. Hoje não me questiono tanto os porquês: porque eu? porque comigo?
Eu não sei! E nem sei se alguém sabe, só Deus mesmo, com algum propósito por mim ainda desconhecido....
Claro que meus momentos de baixa ainda vem, ultimamente me pego pensando se sou merecedora do que estou vivendo, em relação a relacionamentos, se realmente mereço alguém que realmente goste de mim e do jeito que eu sou, afinal ele sabe de tudo isso. E aí me questionam: por quanto tempo você esperou por isso??? Você é merecedora sim!
Mas o importante agora é que hoje as meninas que se descobrem portadoras da síndrome tem mais informações do que eu tive quando me descobri assim. Eu tentei buscar ajuda na época, sem sucesso, e me retraí. Não quis mais sofrer com isso. Mas o tempo fez com que sim, você tem que mexer nessa ferida e fazer o que for necessário para não se sentir inferior e incapaz em relação as outras mulheres. E foi aí que passei a buscar informações na internet mesmo. 
Hoje o importante é levar informações a essas "novas" meninas. E é isso que tento, não sozinha, mas juntamente com centenas delas. Graças a Deus a informação sobre a síndrome é mais fácil de ser encontrada e descobrir que não se está só esta a um passo de um clique.
Realmente o tempo faz coisas que não imaginamos! E eu espero que você, recém descoberta portadora, não sinta vergonha em buscar ajuda. Você precisa, assim como eu precisei. Nós precisamos! O apoio uma das outras é o que nos dá forças. Se eu tivesse encontrado tudo isso mais nova, há 10 anos, acho que algumas coisas teriam sido diferente, mas não o foi. Porque na época eu fiz a escolha em me esconder, afinal se trata de um assunto tão íntimo que tive vergonha sim de ficar buscando ajuda, indo atrás, pra falar disso, seja com minha mãe ou com um médico, até porque as vezes que foi com médico eu me frustrei muito, ainda mais depois que uma me jogou um exame pra eu fazer sem ao menos tocar um dedo em mim. A insensibilidade foi enorme, se foi assim na primeira consulta, imagine se eu tivesse insistido nisso com aquela profissional?? A frustração seria maior. Mas quando encontramos alguém que sabe sim do que se trata e o que deve se fazer, as coisas mudam, a conversa muda. É muito bom conversar com gente que sente na pele o que sentimos e com profissionais que sabem o que falam e entende o que é a Síndrome de Rokitansky.
Busque ajuda nos locais certos. Busque saber quais são os profissionais mais próximos a você que pode te atender e vai saber como conversar sobre.
Busque conversar com mais meninas portadoras. Busque nosso grupo de apoio. 
Faça parte e juntas seremos mais forte!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O que era detalhe não mais o é


E o que era detalhe.... não mais o é! Isso mesmo. Não aguentei. Eu não aguentava mais segurar isso pra mim. E se eu envolvesse mais e contasse mais à frente? Será que ele iria aceitar, entender? Gente, pensar e confiar na sensibilidade do outro quando você conta que é portadora da síndrome de rokitansky (como é o caso), é ilusão! Não sabemos como o outro vai reagir diante a sua revelação. E eu não sabia. Só preparei o terreno.... contando que não queria ter filhos, se os tiver seria por adoção. Até ai ele aceitou.
E eis que chegou o dia da revelação. Eu contei. Não os mínimos detalhes, mas que eu não posso ter filhos. E a reação dele? A melhor que eu poderia esperar, na verdade superou expectativas. Muitas pessoas me diziam: homem não importa tanto com isso, relaxa, fica tranquila. Ficaria se ele soubesse e eu soubesse o que ele pensa sobre. E a resposta foi: estamos juntos para o que der e vier, um do lado do outro.
É isso aí! Deus sabe de todas as coisas. E estou feliz!
Vocês também irão encontrar o seu parceiro, aquele que vai declarar o amor à você e jogar fora os conceitos sociais para aventurar-se no mundo contigo!
Estou na torcida!!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Quando você se permite amar e ser amada!


Primeiro post do ano, e que post!!!! Meninas, como disse anteriormente.... viver o momento presente é o que há!
E não é que agora sim, eu estou num relacionamento sério pela primeira vez na minha vida??? Pela primeira vez eu estou permitindo que isso aconteça, do outro me conhecer, sem ficar focada na síndrome..... isso é detalhe (ao menos por enquanto).
Está sendo o máximo a experiência! Confesso que é meio estranho você sempre estar com essa pessoa, fazer tudo junto, apresentar a amigos e familiares..... mas o melhor é que sim, ele também gosta de mim, está comigo, e posso dizer: é recíproco!
Resumindo um pouco meu histórico amoroso hehehehehe, é o seguinte: eu tenho 25 anos e nunca quis me relacionar com ninguém, tudo por puro medo devido a síndrome. Medo da rejeição, não aceitação do parceiro da minha condição, e tudo aquilo que pode acarretar quando você conta ao outro que é portadora da síndrome de rokitansky e não sabe como pode ser a reação dessa pessoa. Depois que passei pelo método da neovaginoplastia, que vai fazer 2 (dois) anos em julho desse ano, eu fiquei mais confiante em mim mesma, afinal a relação sexual eu já poderia ter normal, como qualquer outra mulher.
A partir da cirurgia eu passei a ser mais receptiva aos carinhas, porém depois da mesma parece que as portas, de aço diga-se de passagem, se fecharam pra mim. Antes eu tinha "N" carinhas atrás de mim, e depois da cirurgia.... nem uma mosquinha! Sem exageros meninas hahahahahahaha
Nem se eu quisesse tava rolando alguma coisa. Tanto que me aconselhavam muito: calma, tenha paciência, na hora certa aparece..... ta bom, ta bom. Como já dizia Mário Quintana: "O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim que elas vem até você." Eu já estava enfiando as borboletas goela abaixo do Mário Quintana kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Que cuidar do jardim o que.... isso pensamento anterior hein meninas.
Até que depois de um tempo, depois de desencanar com um grande amor, que eu cria que era, mas na verdade foi uma paixão avassaladora, eu passei a viver mais. A me amar mais. A me aceitar. Da forma que eu era mesmo. Do jeito que eu sou. Sem útero. E desencanei disso de namorado, amor, ou qualquer coisa que fosse relacionado a isso. Claroooo que a terapia me ajudou muito. Afinal, como minha própria psicóloga dizia, quando eu relatava meu homem ideal: você quer um príncipe ou um homem? Porque fato: todos nós temos defeitos! E se eu quero me relacionar com alguém, eu terei de ceder.
Bom, o tempo passou e..... uma pessoa foi se aproximando e eu me vi pela primeira vez querendo tentar. E confesso: a experiência foi e está sendo ÓTIMA!
E hoje estou ai, namorando!
O que eu quero dizer à vocês é: se deem a oportunidade, sem medo de ser feliz. Se permita. Se conheça e deixe o outro te conhecer. Garanto que terá uma grande surpresa!
E cuide do seu jardim! As borboletas sim, virão até você. É clichê, eu sei..... mas é verdadeiro! 
Ano novo, vida nova.... pensamentos novos. Renove seus pensamentos. Reveja seus conceitos. E seja feliz!