segunda-feira, 30 de junho de 2014

DECISÃO


Olha depois do post superrrrrr melancólico (pranto), que hoje lendo penso: foi muito drama pra uma pessoa só! (gente falo isso por MIM!!!!!!) 
E ai pensando, pensando..... fui analisar melhor as coisas em relação a isso. Sabe, são mais ou menos 5 anos de descoberta de outras meninas portadoras da síndrome, foi ai que encontrei essa outra família. E sonhos, desejos, realizações, metas, objetivos, cada uma com a sua, cada uma vivendo a sua dor no seu tempo, cada uma se levantando, cada uma acolhendo a outra da melhor forma, cada uma..... cada uma!
Sim, pois cada uma tem suas particularidades, sonhos, desejos, dores, amores..... e cada uma vivendo da melhor forma com seus sonhos, desejos, dores, amores.... síndrome.
E eu sou mais uma dessas meninas. Com minhas particularidades. E hoje foi assim: quanta coisa difícil acontecendo na minha vida agora..... coisas nada a ver com a síndrome, e muito mais "preocupante", sim, pois a síndrome ocupa o lugar que você dá a ela em sua vida. E esses dias eu a coloquei em primeiro lugar. Quase anulando todo o resto e me colocando em condição de pena de mim mesma, simm, eu citei no outro post que não era muito isso, mentira. Era. Foi. Querendo olhar pra mim com pena, misericórdia, pensando: porque, porque, PORQUE????
Eu não sei bem porque..... mas enfim. Tenho que viver o hoje. Ir atrás de coisas mais concretas. Mais concretas no momento. Coisas que eu realmente preciso conquistar e aparentemente estão longeeee de serem conquistadas.
E casamento, família, filhos ou não..... isso será consequência. Só o tempo e o momento me dirá: você deseja? Você quer? Se sentirá mais completa com filho? Seja lá a forma que ele vier..... e será aí que terei de me preocupar mais com essas questões.
Digo a vocês: a "pior" parte, a mais difícil, eu já enfrentei, e foi fichinha hehehehehe 
Foi a cirurgia. Difícil decisão, dolorosa, mas hoje prazerosa.
E foi realizada no momento certo. Sem dor nem sofrimento vindo antes, sem aflições.... claro que antes, eu na minha, de boa na lagoa, sem parceiro, tava acomodada, não precisava mesmo de canal.... mas ai quando veio a necessidade parti pra decisão. A melhor coisa que fiz.
E agora a decisão hoje está relacionada a outras coisas, que nada tem a ver com a síndrome.
E que venha novos sonhos, notícias, "coisas", pessoas, metas, objetivos, desejos.....


"Mudam-se os tempos. Mudam-se as vontades."

sexta-feira, 27 de junho de 2014

SURGICEL


A técnica cirúrgica utilizando SURGICEL (celulose oxidada), que é realizada na UNIFESP, foi publicada na página International Urogynecological Association (IUGA).
Parabéns a toda a equipe que recebe e atende as meninas com todo cuidado e respeito!
Só eleogios pela dedicação!!!




Marair Sartori


Our work is with Mayer-Rokitansky-Kuster-House Syndrome. Doctors build the vaginal canal using dilators or surgically with oxidized cellulose membrane. Physical therapists promote perineal awareness and training of pelvic floor muscles, allowing a sexual well-being. Together, the team provides information and support to these girls, who are so full of doubts and fears. We are proud to help them achieve part of their dreams and to help them feel even more wonderful than they already are.

TRADUÇÃO: Nosso trabalho é com Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-House. Médicos construir o canal vaginal usando dilatadores ou cirurgicamente com membrana de celulose oxidada. Fisioterapeutas promovem a conscientização e treinamento dos músculos do assoalho pélvico perineal, permitindo um bem-estar sexual. Juntos, a equipe fornece informações e apoio a essas meninas, que são tão cheias de dúvidas e medos. Estamos orgulhosos de ajudá-las a alcançar parte de seus sonhos e a se sentir ainda mais maravilhosas do que já são.

No facebook esse é o link para curitr a foto e divulgar ainda mais a síndrome e seu tratamento! 

domingo, 22 de junho de 2014

Pranto


E eu que pensava que muitos fatores relacionado a síndrome estavam.... resolvidos. Foi quando me deparei ontem com assuntos de gravidez, quem está esperando um bebê, quem quer muito já ter, quem já teve, as experiências..... e quando eu ouvia outras meninas, portadoras da síndrome, dizer o quanto ficavam mexidas, tristes com esses assuntos ou ter alguém muito próximo grávida eu pensava comigo mesma: acho que eu não ficaria tão assim.... mexida. Quanta inocência. Quanta ignorância.
Me achava forte, mas descobri que não.... não sou nada e não posso controlar nada, nem comigo muito menos ao meu redor.
Não é uma questão de pena comigo mesma, é uma questão de não poder viver um momento assim, mesmo se eu quisesse, vindo, gerado, por mim, em mim. 
E o assunto foi se alongando, alongando.... e eu ali, perdida. Com vontade de fugir. Graças a Deus ninguém me perguntou sobre a minha vontade ou possível possibilidade de engravidar. Mas a frustração foi maior que qualquer controle que eu pudesse ter. E quando vi estava lá eu chorando, no banheiro, aos prantos. Dizendo pra mim mesma, querendo acreditar que sim, eu sou muito mais forte que isso, mas o pranto me mostrando que não, eu ainda não estou tão madura para enfrentar tais assuntos. 
E o que me resta é seguir em diante, como se nada tivesse acontecido, feliz pela gravidez alheia, e triste por saber que desse momento não desfrutarei. E quem sabe o conformismo, em relação a isso, habite aqui novamente..... até o próximo encontro com uma mulher grávida e eu ter a prova se a força realmente habita em mim ou esta somente camuflada enquanto é conveniente.